Vendas de motos para o sexo feminino são 25% do total no Brasil.

Unknown | 21:51 | 0 comentários


NÚMERO DE MULHERES COM HABILITAÇÃO PARA MOTOS CRESCE 44%

Vendas de motos para o sexo feminino são 25% do total no Brasil.








 



Aos poucos, as "meninas" estão passando para o banco da frente e assumindo o guidão. A quantidade de mulheres habilitadas para conduzir motos cresceu 44% em 3 anos. Em 2008, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), 2.534.237 delas possuíam CNH para motos. Em 2011, este número aumentou para 3.655.428.
 G1)
As vendas de novas motocicletas, que têm crescido em geral no Brasil nos últimos anos, também subiram para clientes do sexo feminino. Desde 2009, esse público corresponde a 25% do total, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo). Em 2001, elas eram apenas 17% dos compradores destes veículos (veja na tabela ao lado).
Toque feminino
Apesar de sofrer com a fumaça expelida pelos motores dos veículos e as roupas de couro tradicionais, as mulheres buscam manter a feminilidade em cima das motocicletas. Dizem que hidratante, creme para cabelo e óculos são indispensáveis. “Em primeiro lugar, vem a segurança, e, depois, os cuidados com a beleza. Apesar de estarmos em um mundo masculino, nunca deixamos de ser mulheres”, explica Sandra. Participante de um Moto Clube de Mulheres.

Tem mulher na patrulha
Se, por um lado, as mulheres motociclistas já criam seu próprio espaço nas estradas, com motoclubes exclusivos, outras buscam se "infiltrar" entre os homens. É o caso de Daniela Lopes, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo. Há quase dez anos na entidade, ela trabalha com motos em seu dia a dia, fazendo rondas e escoltas. “Desde pequena ando de moto. Comecei na garupa de meus irmãos e aos 18 anos tirei a habilitação. Trabalho com as motos na GCM há 5 anos”, diz a guarda civil. Somente outras 3 mulheres exercem a mesma função que ela, sobre duas rodas.
Apesar da experiência, Daniela confessa que enfrentou algumas dificuldades. "Já não é fácil exercer a função policial, ainda mais na motocicleta. Alguns dentro da corporação demostraram receio, mas depois, no dia a dia, tornaram-se parceiros. Nas ruas, as pessoas estranham quando percebem que tem uma mulher fardada pilotando. Elas comentam; a maioria das vezes acredito que seja admiração. As mulheres falam: ‘que legal, você anda de moto'", relata a guarda.
 Rafael Miotto / G1)Daniela Lopes, da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, faz rondas e escoltas (Foto: Rafael Miotto / G1)
Daniela afirma que, com o passar do tempo, este estranhamento inicial torna-se algo positivo. “A mulher é mais atenciosa, cuidadosa. Um exemplo que eu tenho aqui entre os parceiros de trabalho é que eles falam que eu sou muito chata, quero as coisas muito corretas. Mulher tem o instinto feminino, tem uma atenção a mais que os homens”, indica.
O motoclube das "ladies" também ressalta o cuidado maior por parte das mulheres. “Acidente nenhuma teve", conta Sandra Beccaro. “E isso mesmo não sendo fácil controlar uma moto grande de mais de 200 kg”, acrescenta a bióloga Adriana Palma, de 40 anos, outra representante do grupo. Segundo a fundadora, as mulheres são mais disciplinadas: "Elas mantêm a formação, não tem ultrapassagem, seguimos a organização na estrada. Quando entram os homens em nossos passeios, [eles] acabam bagunçando tudo”.
 Aqruivo pessoal)Trabalho de motogirl ajudou Andrea Sadocco
a estudar (Foto: Aqruivo pessoal)
Motogirl
Esta vantagem do sexo feminino também pode ser vista em outro trabalho tipicamente masculino, o dos motoboys ou motofretistas. Andrea Sadocco, de 40 anos, trabalha de 2006, em São Paulo, como entregadora ou motogirl, como ela mesma fala. “Alguns preferem o serviço de mulher por que confiam mais. A mulher é mais honesta”, afirma.
O dinheiro que conseguiu com o trabalho fez a motociclista buscar novos horizontes e bancar um curso de tecnologia da informação; mas abandonar a moto nunca. “Uso moto todo dia, me ajuda muito. Ficar sem moto é muito difícil”, afirma a motogirl.
Fonte: G1 / Auto Esporte

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